A dívida pública federal em títulos, que inclui os débitos do governo no Brasil e no exterior, registrou aumento de 2% em setembro e atingiu R$ 4,155 trilhões, informou a Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (29). Em agosto, a dívida somava R$ 4,074 trilhões.

O crescimento em setembro está relacionado com a emissão de títulos públicos (acima do volume de resgates) de R$ 57,09 bilhões e, também, com as despesas com juros, que somaram R$ 24,78 bilhões.

A dívida pública é a emitida pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal. Ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos.

O crescimento da dívida pública está dentro dos planos do governo federal. A dívida pública pode chegar a até R$ 4,3 trilhões em 2019, segundo programação do Tesouro Nacional divulgada no começo deste ano. Em todo ano passado, a dívida pública teve aumento de 8,9%, segundo números oficiais.

Dívidas interna e externa

Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, a dívida é chamada de interna. Quando tais operações ocorrem em moeda estrangeira (dólar, normalmente), é classificada como externa.

  • Dívida interna: teve alta de 2,04% em setembro e chegou a R$ 3,993 trilhões.
  • Dívida externa: resultado da emissão de bônus soberanos (títulos da dívida) no mercado internacional e de contratos firmados no passado, contabilizou um aumento de 1% em setembro, para R$ 162,49 bilhões.

Compradores

Os números do Tesouro Nacional também revelam que a participação dos investidores estrangeiros na dívida pública interna registrou queda em setembro.

No mês passado, os não residentes no país detinham 11,42% da dívida total, o equivalente a R$ 455 bilhões, contra 12,14% do total da dívida interna em agosto (R$ 474 bilhões).

Com isso, os estrangeiros seguem na quarta colocação de principais detentores da dívida pública interna, atrás de:

  1. fundos de investimento (R$ 1,051 trilhão, ou 26,34% do total);
  2. fundos de previdência (R$ 1,008 trilhão ou 25,25% do total);
  3. instituições financeiras (R$ 942 bilhões, ou 23,61% do total).

Fonte: G1

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